sábado, 29 de agosto de 2009

ANDALUZIA

Quiercles Santana

Anda Luzia
Cansada
De tanto chorar
A dor:
Seu poeta
Tombado
Ferido
Sumido
Num fogo
De artilharia

O sangue
Nas botas de Lorca
Lhe deixa na boca
Um gosto ruim
E Luzia
Num só desatino
Reclama ao divino
“Devolva, cretino,
O que o destino levou... de mim!”

A Roda do tempo gira
E seu cabelo de branco fere
A gira do tempo roda
Seu rosto em marcas de intempérie.
...................................

NUNCA MAIS SE ABRIU JANELA
NUMA MAIS NOITE DE ESTRELA
NUNCA MAIS BANDEIRA
ADEUS, ADEUS, MULHER FACEIRA
TEU SORRISO ERA FOGUEIRA
NO SEIO DA ESCURIDÃO
UM TIÇÃO QUE RELUZIA
DENTRO DO MEU CORAÇÃO

Nenhum comentário: