terça-feira, 18 de março de 2008


30/março - 20:00 Hr
(domingo)


CPT - Centro de Pesquisa Teatral

Em frente ao Edf. garagem do Paço Alfândega
Recife Antigo

segunda-feira, 17 de março de 2008




Quem vem lá?!
Um homem ao longe, de xadrez trajado, numa tarde de vento, dessas tardes que dão arrepio e fazem a gente pensar um monte de coisas vãs, desce a ladeira da estrada do poço trazendo consigo uma viola velha de pinho. Não é moço nem é velho... é antigo. De onde sai, ninguém o sabe. Para onde vai depois que de sua tarefa dá cabo, ninguém nunca pôde saber. Nem quis. É um mistério com que as pessoas aprenderam a conviver por aqui.
Faz tempo que isso se repete. A fios de anos sem fim. Sempre vem a nossa aldeia quando as coisas por cá não vão boas. Há dez anos, mais ou menos, nós não o víamos. Nem ouvíamos dele ninguém falar. Era como se não existisse, como se nunca tivesse havido.
Costuma às vezes aparecer montado a cavalo, um animal gelado na cor e bonito na aparência, bem cevado, com uma mancha negra no meio da testa, como uma xícara de café por descuido derramada no lençol branco de linho puro. Mas nos mais das vezes se configura sozinho, caminhante à pé, pés descalços, pés enormes, pés de “papa-figo”, como dizia minha avó, que tinha muito medo dele quando ainda era uma garotinha.
Vem de longe, o sujeito. E vem nos momentos certos para adocicar as lágrimas de quem chora. Vagando pelo mundo como alma penada, mas não alma tristonha, chorosa, bicuda. Não, antes pleno contrário, ele é dessas figuras que canta a dor da gente, mas tão mansinho, tão baixinho, tão profundo que a gente se dá conta de repente de que tudo não passa de uma grande brincadeira, um teatro, um jogo, uma festa de máscaras, onde se vai mal se acaso se leva tudo muito a sério, como também se vai mal se acaso se leva tudo na zombaria.
Ele, então, como eu ia dizendo, se achega, desce do cavalo e toca uma música atrás da outra, só parando de quando em vez pra tomar gole de água ou fazer pensar a gente na gente mesmo com algum causo aprendido nos confins do tempo. A clareira central da aldeia se abarrota de gente para ouvir e com ele cantar as letras decoradas, postas no coração, em raízes profundas, até que a lua se instale por fim no central do céu.
Aí então ele se vai, como se nunca tivesse estado ou cá chegado. Ficando só essa vaga sensação de felicidade nas saudades escondidas no peito da gente.
Seu nome perguntei ao meu pai um dia:

- Pai, como é que é o nome do viajante a pé que carrega uma viola?
- Sua graça, reza a lenda, filho meu, é Zambiola.

quinta-feira, 13 de março de 2008

O antigo grupo Cadê o Sanfoneiro?, volta ao trabalho com o nome Zambiola. Trabalhando com músicas ligadas ao imaginário e ritmos populares de pernambuco e do Brasil, traz músicas compostas por grandes nomes como Luiz Gonzaga, Vital Farias, Dominguinhos e composições próprias. O grupo já se apresentou no São joão do recife e em casa de danças de Pernambuco. As composições vão do forró, xote, ciranda ao blues. Ultimamente o grupo tem se apresentado no Centro de pesquisa Teatral do Recife- CPT.

Domingos de Março/20 hrs.

Informações: 81 - 8792 6211