segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

COMO UM GIRASSOL

Num momento leve, leve,
Tão suave quanto breve
Como chuva, vento ou neve
Escondendo o arrebol

Num instante muito bela
Como se fosse aquarela
Paisagem numa tela
Em tintas de pôr de sol

Num rompante perfumada
Como se fosse florada
Enfeitar de primavera
Um jardim em derredor

Num repente cantoria
Como se fosse magia
esconjuro, aporia
cantilena em sol e dó

De repente, num rompante,
num momento, num instante... ela vem
e batendo à minha porta me convida
A sair de meu lugar

De repente, num rompante,
num momento, num instante... me contém
E batendo no meu peito, não se importa,
Se convida a adentrar

Nos caminhos onde vou
Já não quero andar tão só
E sei eu que é bem melhor
Ter a musa ao meu lado
O sopro do canto alado
Poesia por farol
Eu vou, eu vou, eu vou...
Mas eu vou como um girassol

MAS EU VOU COMO UM GIRASSOL, MINHA GENTE
EU VOU COMO UM GIRASSOL

Vou aqui juntar palavras
Pra falar de minha sina
Desde tempos de menina
Que carrego em poesia
Dia e noite, noite e dia
Toda a vida sem parar
Minha história é um cantar
E meu cantar é de anarquia

Se essa rua fosse minha
Eu mandava ladrilhar
Com Pedrinhas de brilhante
Pra mais linda do lugar
Se esse bosque fosse meu
E se chamasse solidão
Dentro dele tinha um anjo
Seria o meu coração.

Toda palavra é pouca, toda solidão estreita
Mas seique não há receita para a vida melhorar
Quando a sombra no meu peito, lança em mim sua canoa
Não tem Rosa nem Pessoa pra me sossegar

Nenhum comentário: